quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Notícia do "Correio do Minho"








Palmeira deu vivas à República

A chuva obrigou a pequenas alterações no programa, mas não retirou brilho às comemorações do centenário da implantação da República dinamizadas ontem pelo Agrupamento de Escolas de Palmeira.
A Escola EB 2,3 de Palmeira foi o palco de um programa rico e bem trabalhado, coordenado por uma comissão criada especificamente para o efeito. O trabalho começou em Maio último e os resultados estiveram à vista.

As comemorações abriram com cerca de 60 alunos a interpretarem o hino nacional em língua gestual. De camisola branca e com uma faixa ao peito com as cores de Portugal (vermelho e verde), os alunos deram ainda mais espectáculo quando entoaram o hino nacional no momento em que foi hasteada a bandeira.
A comunidade educativa e os convidados fizeram depois uma viagem no tempo, conduzida por José Relvas, personagem interpretada por Paulo Correia, aluno do 9.º A, que relatou aos presentes como se substituiu a Monarquia pela primeira República.
Deu ainda nota da constituição do primeiro governo provisório liderado por Teófilo Braga.
Coube depois a Carlos Coelho, aluno do 6.º B, que desempenhando a tarefa de ardina distribuiu aos convidados cópias da edição de 5 de Outubro de 1910 do jornal ‘A Capital’ onde se lia nas gordas ‘Viva a República!’.

A esta cópia, o ardina juntou ainda exemplares do jornal preparado por alunos da EB 2,3 de Palmeira especificamente sobre os cem anos da República. Trata-se de uma publicação bastante completa que relata não só os acontecimentos que levaram à implantação da República, mas aborda temas interessantes como a Constituição de 1911; o primeiro governo provisório, os símbolos da República (bandeira, hino, nova moeda, etc), os Presidentes da primeira República (1910-26), do Estado Novo (1926-1974) e da República Democrática (de 1974 à actualidade), retratos de Portugal em 1910 e até dá nota da fundação dos mais antigos clubes de futebol.

O jornal dá ainda destaque ao busto da República que ontem foi descerrado na escola. Da autoria do professor António Pinheiro, a obra foi colocada no átrio da EB 2,3, em frente ao busto de Almeida Garret, uma obra do mesmo autor.
A obra foi descerrada pela vereadora da Cultura, Ilda Carneiro e pelo director do Agrupamento de Palmeira, José Antunes, acompanhados pelo autor da peça.

As comemorações contaram ainda com a plantação de árvores em todos os estabelecimentos de ensino do agrupamento. Na EB 2,3, a árvore foi plantada por Ana Luís, aluna do 6.º F, que celebra o seu aniversário também a 5 de Outubro.
O director do agrupamento agradeceu à comissão organizadora por ter “realizado umas comemorações à altura do agrupamento”.

Já a vereadora da Educação, Palmira Maciel, deu os parabéns à escola pela iniciativa e realçou a importância do que os alunos aprenderam ao preparar estas comemorações.
Entre os convidados, destaque ainda para os presidentes das juntas com escolas tuteladas por este agrupamento.

DST fomenta leitura nas escolas

O Grupo DST alargou ao Agrupamento de Escolas de Palmeira a iniciativa que consiste na oferta de um livro aos alunos no dia do respectivo aniversário. O protocolo foi assinado ontem, num momento que fechou com “chave de ouro” as comemorações do centenário da implantação da República que se realizaram na Escola EB 2,3 de Palmeira.
Na assinatura deste protocolo, José Teixeira, CEO do Grupo DST, enfatizou “esta determinação” no apoio à leitura.

Com este protocolo, os 1553 alunos do Agrupamento de Palmeira vão passar a receber no seu dia de aniversário um livro. “Em troca do livro só exigimos duas coisas: que se cantem os ‘Parabéns’ ao aniversariante e que o aluno faça depois uma ficha de leitura do livro e que ela conte para a nota de português”, realçou José Teixeira, que mais uma vez fez questão de marcar presença pessoalmente na assinatura de um protocolo deste género.

Recorde-se que a DST já tem protocolos semelhantes com os Agrupamentos de Nogueira e de Lamaçães, numa acção que começou a ser implantada no final do ano passado e que chega já a quase cinco mil alunos.
Esta missão louvável de promover o gosto pela leitura representa um investimento na ordem dos 15 mil euros para o grupo.

Para além da oferta de um livro no dia do aniversário de cada aluno, o apoio do Grupo DST às escolas públicas abrange outras iniciativas, como a criação de prémios de mérito e a oferta de vestuário desportivo, que implicam um investimento de outros 12 mil euros (totalizando um apoio de cerca de 27 mil euros).

No caso concreto do protocolo agora firmado com o Agrupamento de Palmeira, José Teixeira confessou que “tem um significado especial”. Isto porque é em Palmeira que a DST tem o seu parque empresarial, a sua sede e a pedreira. “Temos de deixar parte da riqueza que produzimos onde ela é construída”, referiu o empresário para quem “a leitura é o começo de tudo”, referiu, rematando: “Mais do que procurar as causas das coisas más que estão a acontecer devemos apostar em formar melhor as gerações para construirmos uma geração melhor do que esta que causou esta turbulência”.

Já o director do Agrupamento de Escolas de Palmeira, José Antunes, aproveitou a ocasião para agradecer publicamente à DST por “se mostrar sempre disponível para colaborar, ou seja, ajudar a escola”. Entre os diversos apoios que a DST concedeu ao agrupamento está, por exemplo, um quiosque multimédia.
Noutra frente, a DST tem vindo a desenvolver um apoio contínuo à promoção da leitura no nosso país, através do patrocínio da Feira do Livro de Braga e da entrega de um Prémio de Literatura, de âmbito nacional, no valor de 15 mil euros.

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